Crise do petróleo 1973
Em meados dos anos 70 o mundo ingressa em período de crise devido à decadência do sistema monetário internacional, entre 1971 e 1973, e aos choques petrolíferos. •Agravou os saldos negativos da balança comercial; •Arruinou os termos de troca; •Gerou inflação; •Provocou quebra do rendimento real. O primeiro “choque petrolífero” ocorreu entre 1973 e 1974 e consequência da subida do preço do petróleo decidida pela OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e do boicote, liderado pelos países árabes produtores à venda de petróleo bruto aos países árabes que tinham apoiando Israel. |
|
Na década de 1970 descobriu-se que o petróleo é um recurso natural não renovável. Estima-se que em 70 anos o produto se esgote. Tal descoberta fez o preço do produto se alterar, fazendo-o triplicar no final de 1977. A OPEP já vinha diminuindo a oferta de petróleo desde sua criação para alcançar os objetivos que tinha traçado e por causa disso uma série de conflitos ocorreram com os países árabes integrantes da OPEP.
Em apenas cinco meses, entre outubro de 1973 e março de 1974, o preço do petróleo aumentou 400%, causando reflexos poderosos nos Estados Unidos e na Europa e desestabilizando a economia por todo o mundo. A crise do petróleo que barrou os altos índices de crescimento do Brasil foram fundamentais para a população começar a se rebelar contra o regime militar no país, fazendo aumentar as críticas e transparecer os abusos que o governo encobria ao longo dos anos com a máscara do crescimento nacional.
Mas o choque vem mesmo em 1973, por motivações políticas. Literalmente, o petróleo árabe é como uma arma contra o mundo ocidental, principalmente os Estados Unidos e países europeus. As retaliações causam pânico global: em 16 de outubro, as vendas para os EUA, maiores importadores mundiais, e para a Europa são embargadas; a produção sofre firme redução em tempos de alta demanda, forçando o preço do barril a subir cerca de 400% em três meses, de US$ 2,90, em outubro de 1973, para US$ 11,65, em janeiro do ano seguinte. O governo norte-americano lança mão de controle sobre a oferta da gasolina vendida no país. Cenas de motoristas em longas filas ilustram dramaticamente a extensão do problema.
A crise do petróleo de 1973 não seria a única, mais duas viriam, uma em 1979, com a queda do Xá Reza Pahlavi e a Revolução Islâmica Iraniana, outra em 1990, que deflagrou a Guerra do Golfo.
A Crise de 1973 e as Consequências para o Mundo
O uso do petróleo como arma de guerra teve consequências dramáticas para a economia dos países que dele dependiam. A Europa consumia 80% do petróleo que provinha do Oriente Médio e o Japão 90%. Quando os árabes iniciaram o bloqueio do petróleo, reduzindo a produção até o limite oficial de 15% com variações de um produtor para o outro, os europeus foram obrigados a racionar combustível, impondo a proibição da circulação de veículos em dias definidos da semana. Os japoneses fizeram reduções drásticas de consumo de energia, afectando a produtividade das suas indústrias.
A crise atingiu aos países em desenvolvimento, considerados amigos pelos árabes, de forma indelével, já que se utilizavam do petróleo como fonte de energia barata, tendo o seu valor aumentado bruscamente. O Brasil recorreu ao racionamento de combustível, viu a mentira do chamado “Milagre Económico” esvair-se, entrando em um dos períodos mais difíceis da sua economia.
Curiosamente, o bloqueio que tinha como objetivo principal atingir os Estados Unidos, não consegue o propósito. Os Estados Unidos eram menos dependentes do petróleo árabe, tomando medidas de cautela relativas às reservas que possuíam e ao consumo. O bloqueio aos norte-americanos foi suspenso em março de 1974. Um mês antes, Irã e Arábia Saudita, principais aliados árabes dos Estados Unidos, receberam uma considerável quantidade de aviões de guerra norte-americanos.
As companhias petrolíferas, conhecidas por “Sete Irmãs”, tiveram grandes lucros com a crise, pois eram as únicas com condições de fazer os maiores lances no mercado negro do petróleo, dominando a produção e o transporte do produto árabe, vendendo-o por preços exorbitantes aos consumidores. Com a crise, as “Sete Irmãs” viram os seus lucros, em 1973, a atingirem um aumento de 159%.
A alta explosiva nos preços do petróleo enriqueceu muitos países árabes, que viram a renda per capita subir para os 5 mil dólares anuais.
A crise do petróleo de 1973 afetou o mundo inteiro. As consequências, em princípio daninhas para a economia do mundo, foram, ao longo do tempo, benéficas e positivas. Foi a partir dela que se teve a consciência da dependência que a economia mundial tinha do petróleo, da fragilidade dessa dependência, e da necessidade de investir-se em outras fontes de energia. No Brasil, o desenvolvimento da utilização do álcool como combustível foi uma consequência da crise do petróleo.
Se a crise petrolífera de 1973 serviu para a busca de novas fontes de energia no mundo, ela conseguiu aumentar as diferenças económicas entre os países ricos e pobres, fomentando um quadro de desigualdade social por todo o planeta. Não solucionou o conflito entre árabes e israelenses, que continuam a insurgir revoltas e guerras na região, ceifando milhares de vidas.Após 1973, o mundo testemunharia mais duas grandes crises do petróleo, que continuou a ser usado como arma política: a de 1979, originada pela deposição do Xá Reza Pahlavi e a Revolução Islâmica, no Irã; e, a de 1991, desencadeada pela Guerra do Golfo. O petróleo continua a ser um grande provedor de energia, conseguindo movimentar a economia mundial. Os esforços para substituí-lo por outras fontes exigiram investimentos em estudos, com o objetivo de oferecer outras alternativas quando o ouro negro for esgotado. Esta consciência só foi possível graças à crise de 1973 e as suas conseqüências históricas, que marcaram os últimos anos do século XX.
Em apenas cinco meses, entre outubro de 1973 e março de 1974, o preço do petróleo aumentou 400%, causando reflexos poderosos nos Estados Unidos e na Europa e desestabilizando a economia por todo o mundo. A crise do petróleo que barrou os altos índices de crescimento do Brasil foram fundamentais para a população começar a se rebelar contra o regime militar no país, fazendo aumentar as críticas e transparecer os abusos que o governo encobria ao longo dos anos com a máscara do crescimento nacional.
Mas o choque vem mesmo em 1973, por motivações políticas. Literalmente, o petróleo árabe é como uma arma contra o mundo ocidental, principalmente os Estados Unidos e países europeus. As retaliações causam pânico global: em 16 de outubro, as vendas para os EUA, maiores importadores mundiais, e para a Europa são embargadas; a produção sofre firme redução em tempos de alta demanda, forçando o preço do barril a subir cerca de 400% em três meses, de US$ 2,90, em outubro de 1973, para US$ 11,65, em janeiro do ano seguinte. O governo norte-americano lança mão de controle sobre a oferta da gasolina vendida no país. Cenas de motoristas em longas filas ilustram dramaticamente a extensão do problema.
A crise do petróleo de 1973 não seria a única, mais duas viriam, uma em 1979, com a queda do Xá Reza Pahlavi e a Revolução Islâmica Iraniana, outra em 1990, que deflagrou a Guerra do Golfo.
A Crise de 1973 e as Consequências para o Mundo
O uso do petróleo como arma de guerra teve consequências dramáticas para a economia dos países que dele dependiam. A Europa consumia 80% do petróleo que provinha do Oriente Médio e o Japão 90%. Quando os árabes iniciaram o bloqueio do petróleo, reduzindo a produção até o limite oficial de 15% com variações de um produtor para o outro, os europeus foram obrigados a racionar combustível, impondo a proibição da circulação de veículos em dias definidos da semana. Os japoneses fizeram reduções drásticas de consumo de energia, afectando a produtividade das suas indústrias.
A crise atingiu aos países em desenvolvimento, considerados amigos pelos árabes, de forma indelével, já que se utilizavam do petróleo como fonte de energia barata, tendo o seu valor aumentado bruscamente. O Brasil recorreu ao racionamento de combustível, viu a mentira do chamado “Milagre Económico” esvair-se, entrando em um dos períodos mais difíceis da sua economia.
Curiosamente, o bloqueio que tinha como objetivo principal atingir os Estados Unidos, não consegue o propósito. Os Estados Unidos eram menos dependentes do petróleo árabe, tomando medidas de cautela relativas às reservas que possuíam e ao consumo. O bloqueio aos norte-americanos foi suspenso em março de 1974. Um mês antes, Irã e Arábia Saudita, principais aliados árabes dos Estados Unidos, receberam uma considerável quantidade de aviões de guerra norte-americanos.
As companhias petrolíferas, conhecidas por “Sete Irmãs”, tiveram grandes lucros com a crise, pois eram as únicas com condições de fazer os maiores lances no mercado negro do petróleo, dominando a produção e o transporte do produto árabe, vendendo-o por preços exorbitantes aos consumidores. Com a crise, as “Sete Irmãs” viram os seus lucros, em 1973, a atingirem um aumento de 159%.
A alta explosiva nos preços do petróleo enriqueceu muitos países árabes, que viram a renda per capita subir para os 5 mil dólares anuais.
A crise do petróleo de 1973 afetou o mundo inteiro. As consequências, em princípio daninhas para a economia do mundo, foram, ao longo do tempo, benéficas e positivas. Foi a partir dela que se teve a consciência da dependência que a economia mundial tinha do petróleo, da fragilidade dessa dependência, e da necessidade de investir-se em outras fontes de energia. No Brasil, o desenvolvimento da utilização do álcool como combustível foi uma consequência da crise do petróleo.
Se a crise petrolífera de 1973 serviu para a busca de novas fontes de energia no mundo, ela conseguiu aumentar as diferenças económicas entre os países ricos e pobres, fomentando um quadro de desigualdade social por todo o planeta. Não solucionou o conflito entre árabes e israelenses, que continuam a insurgir revoltas e guerras na região, ceifando milhares de vidas.Após 1973, o mundo testemunharia mais duas grandes crises do petróleo, que continuou a ser usado como arma política: a de 1979, originada pela deposição do Xá Reza Pahlavi e a Revolução Islâmica, no Irã; e, a de 1991, desencadeada pela Guerra do Golfo. O petróleo continua a ser um grande provedor de energia, conseguindo movimentar a economia mundial. Os esforços para substituí-lo por outras fontes exigiram investimentos em estudos, com o objetivo de oferecer outras alternativas quando o ouro negro for esgotado. Esta consciência só foi possível graças à crise de 1973 e as suas conseqüências históricas, que marcaram os últimos anos do século XX.
|
Videos sobre a crise do petróleo de 1973
|